A Lisboa que Teria Sido
27 jan 2017 — 18 jun 201709h – 18h
O Museu de Lisboa apresentou A Lisboa que Teria Sido, cerca de 200 peças de projetos urbanísticos e arquitetónicos que não chegaram a ser concretizados.
A exposição mostrou Lisboa como foi projetada por arquitetos, urbanistas e pensadores da cidade como Francisco de Holanda, Eugénio dos Santos, J. C. Nicolas Forestier, Ventura Terra, Cristino da Silva, Raul Lino, Cottinelli Telmo, Cassiano Branco, entre outros.
À cidade cosmopolita do século XVI faltava, para alguns dos mais ilustres moradores e visitantes, monumentalidade arquitetónica. A reconstrução, depois do terramoto de 1755, dotou a Baixa de uma dimensão majestosa, mas a normalização da arquitetura pombalina foi então, e até muito recentemente, considerada soturna e sem grandeza. Tornar Lisboa mais monumental, grandiosa e palco das sucessivas novidades da arquitetura e do urbanismo foi o objetivo da maioria das propostas idealizadas a partir da segunda metade do século XIX.
Nos arquivos da Câmara Municipal de Lisboa e do Museu de Lisboa há inúmeros projetos encomendados para a cidade que, por diferentes razões, não foram realizados, ou que não o foram em todas as suas componentes. Na sua diversidade e cronologia alargada, têm em comum o desejo de monumentalizar e modernizar a capital.
Nesta exposição, revelaram-se cerca de 200 desenhos, maquetas, fotografias e projetos de urbanismo e de arquitetura, desde o século XVI até à contemporaneidade, com maior incidência sobre o século XX. Apresentou-se uma seleção de materiais gráficos e tridimensionais focada no eixo central, da Praça do Comércio ao Parque Eduardo VII, o Martim Moniz, a frente ribeirinha, as portas da cidade e as pontes para a “outra banda”.
A Lisboa que Teria Sido contribuiu para enriquecer a imagem que cada um tem da cidade e, desejavelmente, ajudou a pensar a Lisboa que será.
Comissários: António Miranda (Museu de Lisboa) e Raquel Henriques da Silva (FCSH - Universidade Nova de Lisboa)
© Museu de Lisboa