Sidónio Pais, retrato
Sidónio Pais (1872-1918), já capitão do exército, engrossou as hostes republicanas da Universidade de Coimbra após a revolução de 5 de outubro de 1910, tendo sido nomeado vice-reitor e vereador da Comissão Administrativa da Câmara Municipal de Coimbra. Eleito deputado na Assembleia Nacional Constituinte pelo Partido Republicano Português, substituiu Brito Camacho como Ministro do Fomento. Diplomata em Berlim quando se iniciou a 1ª Guerra Mundial, regressou a Portugal para preparar um golpe militar consumado a 8 de dezembro de 1917. Com crescente importância no aparelho do Estado, assumiu a presidência da República a 27 de dezembro de 1917 e foi eleito Presidente da República a 28 de abril do ano seguinte. Presidente-Rei, como ficou conhecido graças aos banhos de multidão que promoveu em torno de si, instaurou uma ditadura que impôs a censura à imprensa e limitou os poderes parlamentares. Morreu a caminho do hospital de S. José, na noite de 14 de dezembro de 1918, depois de ter sido alvejado a tiro pelo republicano José Júlio da Costa (1893-1946), para quem o presidente havia traído os ideais republicanos. Foi o único Presidente da República portuguesa a ser assassinado.
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